Aplicação aérea: como a altura de voo interfere na largura de faixa?
A aplicação aérea é uma das ferramentas mais importantes da agricultura moderna. Seja com aviões ou helicópteros, ela garante rapidez, acesso a grandes áreas e eficiência no manejo fitossanitário.
No entanto, um fator técnico pode determinar se o produto será aplicado de forma uniforme ou se haverá desperdício: a altura de voo.
Pesquisadores da AgroEfetiva realizaram um estudo com um helicóptero Bell 206 – Jet Ranger, apresentado no Congresso da Aviação Agrícola do Brasil (2025), avaliando como diferentes alturas de voo influenciam a faixa de deposição.
Para que essa tecnologia entregue o máximo de eficiência, é preciso respeitar especificações técnicas, como largura de faixa, padrão de deposição e coeficiente de variação (CV). A uniformidade é o que garante que cada metro quadrado da lavoura receba a dose correta do produto.
Como o estudo foi realizado
A AgroEfetiva avaliou a pulverização aérea com um Bell 206 – Jet Ranger, mantendo taxa de aplicação de 23 L/ha e variando a altura de voo entre 10 m e 15 m. Essas eram as alturas praticadas pelos operadores, e objetivou-se entender as diferenças entre elas.
Para medir a faixa efetiva de deposição e a uniformidade, foi utilizado o IFD® (Inspeção da Faixa de Deposição), metodologia baseada na ASAE S386.2, que coleta gotas em fios de nylon, quantifica via espectrofotometria e calcula o CV para diferentes larguras de faixa (operações carrossel e vai-e-vem).
Resultados principais
Largura da faixa de deposição
Nos dois cenários (10 m e 15 m), a largura de faixa obtida foi de 18 metros, superior à faixa praticada inicialmente (16 m). Isso mostra que a aeronave foi capaz de ampliar a área coberta sem comprometer a eficácia.
Uniformidade da aplicação
A principal diferença esteve no coeficiente de variação (CV):
- 15 metros: CV de 16%.
- 10 metros: CV de apenas 8%.
Quanto menor o CV, mais uniforme é a aplicação. Ou seja, a pulverização aérea a 10 m de altura garantiu melhor distribuição do produto.
Risco de deriva
Voos mais altos também tendem a aumentar o risco de deriva, como já observado em outros trabalhos. Isso confirma que, além de mais uniforme, a pulverização aérea a 10 m de altura é mais segura em termos ambientais.
Ainda assim, os próximos passos devem avaliar menores alturas, como a 5 m.
O que isso significa
A pesquisa conduzida pela AgroEfetiva demonstra que a pulverização aérea a 10 m de altura com helicóptero Bell 206 – Jet Ranger foi melhor do que a 15 m, garantindo mais uniformidade e segurança ambiental. Trabalhos futuros devem avaliar menores alturas, com intuito de aumentar a segurança da aplicação.
Ao traduzir resultados técnicos em recomendações práticas, a AgroEfetiva ajuda a elevar a qualidade das operações, fortalecer a sustentabilidade e impulsionar a produtividade no agronegócio.
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